SAUDADE

Eita que muitas vezes ela bate com gosto

Trazendo as  tantas e belas lembranças,

Como se o sol tivesse com calma se posto,

E a mente se esvai entre risos e andanças.

É tanto um afago quanto um grande vazio

E o corpo fica inerte  e quase que flutua,

A sentir emoções como um doce arrepio,

Como se a alma se despisse a  ficar nua.

É quase um êxtase, totalmente reverso.

Os olhos vêem o que nosso coração sente, 

A explorar  cada detalhe deste universo,

E cada fato que hoje se faz tão ausente.

Perguntam se isso é escolha ou é solidão,

E algumas escolhas não podemos fazer.

Mas diante de toda e tamanha imensidão,

Deixemos a vida fluir e o caminho florescer.

 Claudia Schiavone - 01/03/25

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