Felicidade
O que será essa enigmática felicidade, Senão um grande amontoado de saudade Que mostra e expõe a nossa fragilidade. Às vezes se parece mais com a crueldade Que vem cheia de uma certa cordialidade, E abraça, envolve com tamanha falsidade. Como confiar na moça cheia de bondade, E em seus olhos reluzentes de claridade, Se ela nunca traz à luz toda sua verdade? O que dizer dessa tão buscada felicidade, Quando o caminho transborda ingenuidade, De um coração que foi só grandiosidade? O que fazer com nossa incredibilidade, De algo onde se sente a vulnerabilidade E a alma vagueia na sua singularidade? Ou tudo seria apenas mera necessidade, De sentir dela toda sua impropriedade Para tentar entender essa complexidade? Melhor viver com a nossa precariedade De certezas, de definições e de sanidade, Que implica então em certa simplicidade. E assim podemos com alguma tenacidade Prosseguir com mais humana suavidade, Sem cobrar tanto dessa nossa maturidade. Claudia Schiavone 07/01/18 Claudia Schiavone
Enviado por Claudia Schiavone em 07/01/2018
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