Razão...

Razão...
O que fazer para acalmar o meu coração,
E dizer a ele como lidar com essa emoção
Que o dilacerou como poderoso furacão?
Que fazer com tanta, tamanha decepção,
Que fez de uma espera imensa desilusão,
E fez da ternura uma grande inquietação?
Como abrandar a dor, essa arrebentação,
Que vem com fúria parecendo um arrastão,
E leva os sonhos para o alto da imensidão?
Será que o amor tem que ser pura doação,
E sempre abrir o peito como um cirurgião,
Para aliviar angústias e toda essa pressão?
Ou será que esse sentimento é compreensão,
Mesmo em meio a essa enorme contradição,
Mesmo estando a mente em forte ebulição?
Perguntas aparecem com muita codificação,
Sem decifrá-las o pensamento gera explosão
Que destrói, incapacita e gera frustração!
Mas aqui minha alma é puramente impulsão,
E mesmo na dor costuma seguir sua intuição,
Colocando-se em uma edificante meditação,
Para que um alento venha em cada reflexão.
Porém dói muito cada lembrança, cada visão,
De momentos plenos vividos com tanta paixão,
De carinhos, abraços, olhares e transpiração!
Talvez tudo nessa vida seja uma mera ilusão,
Amores, sonhos, palavras... Vem e também vão,
... Assim como some pelo céu o pequeno balão!
Claudia Schiavone – 26/04/17

Claudia Schiavone

Enviado por Claudia Schiavone em 26/04/2017

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