Do feminino, bem longe, na antiguidade, A dança do ventre, Raks Sharki, então, Era um ritual de adoração e fecundidade! Criada por mulheres e para mulheres, Num tempo onde as Deusas eram vivas, Em forma de mitos e seus caracteres, Dançavam elas sagradamente altivas! Em união ao sagrado, ao mundo e a vida, A mulher se faz divina a cada movimento, Com beleza, sensualidade e entorpecida, E em seu ventre se dá o agradecimento! Agora baila ainda mais completa e feliz, Carregando assim o fruto da continuidade, Como Gaia, a deusa-mãe natureza, matriz, Sentindo ela a sua plenitude e totalidade! E com um toque de magia e pura beleza, Dança a mulher e em seu colo, a criança! Desenhando com ondulações toda a leveza, Toda a alquimia, toda paz, luz e esperança! Já no chão, principia a pequena bailarina, Cheia de graça, ternura e muitos encantos. Mostra que em bom solo a semente germina, Dando-nos árvores, sombras e outros tantos. Flutuam mãe e filha num lindo aprendizado, Bordando seus passos com brilhos e cores, Matizando esse amor puro e tão abençoado, Repleto de harmonia e sons inspiradores! E uma pequena, bela, quase moça aparece, Com mãos, passos e gestos tão delicados, Fazendo brilhar o sublime que se enaltece, Deixando sentidos, dança e alma afinados! As duas mulheres igualmente lindas, agora, Num contato único com o seu verdadeiro eu, Libertam mitos, emoções e o amor que aflora, Num deslumbrante, magnífico e divino apogeu! Claudia Schiavone- 14/10/14 Poema feito, com muito estudo e amor, para a Abertura do nosso Festival - V Sarau Árabe, realizado no Teatro Municipal de São Carlos, em 21/11/2014 Claudia Schiavone
Enviado por Claudia Schiavone em 24/11/2014
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |