Só uma veste...
Alguns fatos, simples, algumas palavras escritas e lidas, às vezes nos fazem esboçar um sorriso. Um sorriso que na verdade apenas oculta uma lágrima derramada lá dentro da alma!
Algumas pessoas conseguem nos levar do êxtase ao âmago... Em algumas palavras! Palavras que apenas confirmam o que já sabemos, as reações tão previsíveis, os medos.
São pessoas que usam uma “roupa”, uma roupa de “forte”! E usam-na exatamente porque são fracas, mas querem ser ou parecer fortes. Como os super-heróis que se tornam poderosos à sombra de uma veste, mas quando a retiram, voltam a ser humanos, belos frágeis e verdadeiros!
Assim são algumas pessoas: fortes, corretas, certas do que querem, implacáveis, irredutíveis... Quando estão vestidas! E tão verdadeiras, cheias de carinho, de ternura e grandiosidade, quando se despem!
Escreveria horas aqui, faria uma dissertação completa sobre elas, suas palavras, suas frases contidas e cheias de razão... Eu seria capaz de revelar-lhes, a elas mesmas! Mas, depois de muitas reflexões e decepções (embora com a mesma alegria e amor pela vida, que me é nato), creio que me falte forças para tal...
Penso que tanto querer, tanto direcionamento de pensamentos traga algum retorno. Sei que precisamos de ações, sei que algumas coisas tem a hora certa, sei que outras podemos perder por não termos coragem de enfrentar o nosso medo... Sei de muitas coisas. E sei tão pouco!
Mas sei também que eu não uso essa roupa, porque ser verdadeiro, amar profundamente, render-se aos desejos, sentir a plenitude das coisas... Não é fraqueza! E quando entrego-me a algumas coisas, assumo a minha entrega, sem usá-la como argumento ou desculpa, pois não podemos fugir do que é óbvio, do que é nosso, do que é puro, do que existe.
Fraqueza é fugir dos próprios sentimentos, é ter medo da felicidade, é sofrer pelo o que ainda nem sabemos se vai acontecer.
Fraqueza é o silêncio covarde... É achar que o melhor para o outro é o que achamos que seja.
Ser forte sim é ser você mesma, depois de perder a veste de “super” e depois de um banho de “kriptonita”... Onde ficamos apenas nós, de corpo e alma, transparentes! E assim, podemos ver nessa transparência, ao mesmo tempo: o brilho do olhar num reencontro, as batidas do coração na emoção deste momento e a luz que a nossa alma emana nessa entrega ao amor verdadeiro!
Claudia Schiavone 19/03- 29/04/13
Claudia Schiavone
Enviado por Claudia Schiavone em 29/04/2013
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