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 TANTOS ANOS...
Tantos anos, muitos, desde muito mocinha, E você ainda não me conhece por inteiro. Não sabe nada de mim, os sonhos que tinha, Nem sequer atentou ao meu jeito tão faceiro. Conquistou meu coração na idade da flor, Até seu cheiro nas roupas então eu buscava. Não cabia no peito tamanho e tanto amor, Nada eu via, só sentia e com tudo sonhava. Submissa, deixei de ser quem realmente sou, Mas não importava, pois tudo era tão imenso, E o meu coração de menina a tudo buscou... Um longo passado, em que hoje tanto penso. Frutos divinos desse grande amor recebemos, Conquistas, fases difíceis, alguns problemas, Tantas coisas que com gratidão bendizemos, Entretanto ficam falhas, mágoas e dilemas. Muitas vezes tão sozinha e triste eu me sentia Tantas indiferenças e dias de silêncio total Em nome de um ciúme que matava e me afligia, Uma doença degenerativa... Que só nos fez mal. Nunca viu em mim um pequeno traço de beleza, Daquela que no peito e na alma eu lhe trazia, Nunca sentiu a doação, nem a minha pureza Em tudo que a você com grato carinho eu fazia. Hoje sinto que estamos tão frios e distantes, Num desencontro de sentimentos e de alma. Não somos nem de perto aqueles então amantes, Que pensei um dia sermos, plenos, cheios de calma. É difícil encarar uma diferente realidade, Do que um dia fomos e deixamos acabar. Sinto agora uma falta profunda da afinidade, Dos opostos, que um dia, se deixaram amar! Meu carinho por você é deveras grande, O amor daquela menina já não sei dizer mais. E para que meu coração um pouco se abrande, Tentei poetar, buscando palavras essenciais. Claudia Schiavone 03/08/12 Claudia Schiavone
Enviado por Claudia Schiavone em 04/08/2012
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