Claudia Schiavone

Essaúna, Cigana, Claudia... Muitas vidas, Infinitas palavras!

Textos


Texto sem data, encontrado em um dos caderninhos de anotações de minha mãe, que ela tinha para seus estudos Bíblicos; folheando encontrei este maravilhoso TESTEMUNHO DE VIDA, e não poderia deixar de compartilhar com todas que a amam, todos que conheceram sua vida de luta, de dedicação à família e ao próximo, pessoa que sempre buscou o Caminho da Luz, da Caridade, das “coisas do alto”!
 Para informar o *caminho que ela cita é o Caminho Neo Catecumenal que ela sempre seguiu, e *escrutíneo a que ela se referiu, entre outros significados, é “um exame que se faz minuciosamente”.
Com muito carinho, coloco as palavras desta tão amada mãe, para que mais uma vez, vejamos e sigamos o exemplo de vida, de reconhecer erros, de busca do aprendizado, da evolução da alma!
Louvado seja o Senhor, por mais este achado iluminado!
Claudia (Preta...)
 
 
“O caminho me encontrou como mãe de oito filhos, nem todos casados. Esposo sete anos paralítico; morreu logo após o início do caminho*. Largava marido paralítico para caminhar dentro da Igreja; desde pequena sempre comungando, participando de missas e sendo do Apostolado, sempre me achei uma pessoa boa.
Aprendi a me conhecer como uma pessoa orgulhosa; achava-me uma pessoa superior, fazia muita caridade e isto me fazia pensar que não tinha pecado. Recebia muitos elogios na caridade que eu fazia, nos meus trabalhos como bordadeira, e me enchia de orgulho e vaidade. Era julgadora e não tinha caridade quando julgava.
Hoje sou muito diferente, caridade aprendi que o que uma mão faz, a outra não deve saber; fui provocada no orgulho e me marcou muito quando no Segundo Escrutíneo*, me senti muito humilhada por não ter passado. Hoje louvo a Deus por ter me revelado quem eu era, não era humilde! Comodidade. Sempre me senti disponível com alegria para a Igreja. Gula: libertou-me de comer. Saúde: tive linfoma, problema de coração, rim comprometido, problema circulatório, com isso dependo muito das pessoas; tem hora que me sinto humilhada, mas me coloco na Cruz que tenho aceitado.
O dinheiro já foi importante para mim, mas hoje me sinto completamente livre do luxo; já fui vaidosa e muito ainda hoje gosto da atenção das pessoas; fico muito triste com os costumes de hoje.
Deus Pai é um Pai que cuida sempre de mim, tem muita paciência; como viúva, sinto sempre sua presença. Nesta doença sinto como este Pai me sustentou, nunca me sinto só! Sinto nas pessoas que me ajudam como anjos mandados por Ele, Jesus Cristo, aquele que me mostra o caminho para o Pai, que está presente na minha cruz, que me ensinou o perdão, me ensinou a amar, a aceitar as pessoas como elas são. Ele me dá a esperança, me dá vida!
O Espírito Santo tem sido luz para mim, como mãe, viúva, pessoa de pouca saúde, nunca me deixa revoltar e nem murmurar na minha doença, tem trazido Paz e Alegria!”
Maria Thereza
                        
 
Claudia Schiavone
Enviado por Claudia Schiavone em 24/10/2010
Alterado em 24/10/2010
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